20/11/2013

NEUROSE E PSICOTERAPIA







Os transtornos neuróticos são estáveis e duradouros e apesar do sofrimento psíquico e somático que ocasionam ,mas não chega a impedir as relações interpessoais ou dificultar o exercício profissional. Não se perde a capacidade de julgar os fatos, não há confusão mental, delírios ou alucinações. Os conflitos neuróticos são conflitos internos; sua origem e elaboração estão no inconsciente, baseados em regressão ou fixação em fases anteriores da existência da pessoa. A neurose indica que um conflito infantil não foi resolvido. Por isso, a psicoterapia parte da investigação da história vivencial das épocas precoces do desenvolvimento infantil daquele indíviduo. Quando este conflito infantil vem a tona, vêm ao consciente, ele pode ser elaborado e resolvido.


A neurose não é percebida por outras pessoas, além daquele que sofre com ela.  Não é necessário o uso de medicamentos para controle ou tratamento. A Psicoterapia, individial ou de grupo, oferece grande auxilio na conscientização e tratamento das neuroses, minimizando o sofrimento do paciente, que pode viver sua vida de forma mais plena e feliz.





19/11/2013

Um abraço, um beijo, um chamego...

O toque físico não é apenas agradável. Ele é necessário e terapêutico. Pesquisas cientifícas respaldam a teoria de que a estímulação feita pelo toque é necessária para o nosso bem estar, desde o nascimento até a velhice. Bem estar físico e emocional.


O toque é usado em vários centros médicos para aliviar a dor, a depressão , a ansiedade; estímula bebês prematuros a crescer e desabrochar.

O toque auxilia no desenvolvimento da linguagem e da inteligência das crianças;

O toque provoca mudanças que foram medidas na saúde física em pacientes acamados, e o melhor, ele promove benefícios em quem toca e quem é tocado;

Um abraço acaba com a solidão, alivia a tensão, combate a insônia, destrava defesas emocionais desnecessárias.

Melhora a autoestima! Subostitui com eficiência a falta de palabras, pois o toque é uma linguagem universal !

Mas lembre-se de que, algumas pessoas podem não estar acostumadas com um abraço, um toque e podem interpretá-lo mal... peça permissão primeiro e seja gentil.

E este toque terapêutico não pode e não deve, por ética, ter significados negativos ou conotação sexual.

Bora abraçar mais ?????



 

13/11/2013

ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO (CRIANÇAS)

Crianças pequenas podem experimentar ansiedade quando separadas de seus pais, principalmente em ambiente estranho. Considera-se Transtorno de Ansiedade de Separação quando a a criança experimenta uma ansiedade excessiva e inapropriada quando longe de casa ou separada dos pais.



São sintomas comuns:
  •  sofrimento excessivo e recorrente frente a ausência ou a possibilidade de ausência (mesmo que breve) de um dos pais ou de ambos:;
  • preocupação excessiva e persistente sobre a possibilidade de perder, ou perigos que envolvam tanto a criança quantos os pais;
  • relutância ou recusa em ir pra escola ou qualquer outro lugar, por medo da separação;
  • temor ou relutância em ficar sozinha ou junto com estranhos;
  • pesadelos repetitivos envolvendo o tema da separação;
  • queixas somáticas repetitivas: dores de cabeça, dores de barriga, naúseas ou vomitos;
  • as perturbações descritas causarem prejuízo do funcionamento social e escolar.


A Ansiedade de Separação pode estar presente em qualquer idade, ficando mais evidente em crianças mais velhas ou adolescentes, das quais esperamos mais autonomia, no sentido de irem para festinhas ou passeios escolares,  dormir na casa de um amiguinho, etc. Mesmo sendo um evento interessante, a criança se recusa a se separar dos pais, por receio de que algo possa acontecer neste intervalo.

Ao deparar-se com estes sinais, os pais devem primeiramente fazer uma avaliação médica em função das queixas somáticas, e encaminharem-se para um psicólogo infantil que fará a Orientação Familiar e o Atendimento da Crianças. Em alguns casos mais severos, pode ser necessário a intervenção inicial de um psiquiatra infantil.

Viva o Lobo Mau !!!!!!

"Os contos de fadas, considerados por pais e educadores até pouco tempo como "irreais", "falsos" e cheios de crueldade; são para as crianças, o que há de mais real, algo que lhes fala, em linguagem acessível, do que é real dentro delas. Os pais temem que os contos de fadas afastem as crianças da realidade, através de mágicas e fantasias. Depois que a psicanálise desmistificou a "inocência" e a Simplicidade" do mundo da criança, os contos de fadas voltaram a ser lidos e discutidos, justamente por descreverem um mundo pleno de experiências, de amor, mas também de destruição, de selvageria e de ambivalências. A psicanálise provou que, na verdade os pais temem que os filhos os indentifiquem com bruxas e monstros, ogros e madrastas e, em consequência, deixem de amá-los."





"Os contos de fadas sofreram uma crítica severa quando novas descobertas da psicanálise e da psicologia infantil revelaram o quanto a imaginação da criança é violenta, ansiosa, destrutiva e até mesmo sádica. Partindo deste conhecimento, deveria ser fácil reconhecer que os contos de fada falam à vida mental interior da criança. Mas, em vez disso, os céticos proclamaram que estas histórias criavam, ou pelo menos encorajavam muito, estes pensamentos conturbados. Baniram os contos de fadas tradicionais e folclóricos e decidiram que, havendo monstros numa estória narrada á criança, deveriam ser todos amigáveis - mas se esqueceram que do monstro que a criança conhece melhor e com o qual mais se preocupa: o monstro que ela sente ou teme ser, e que algumas vezes a persegue. Mantendo esse monstro dentro da criança, sem falar dele, ou escondido no inconsciente dela, os adultos impedem-na de elaborar fantasias em torno da imagem que conhecem nos contos de fadas. Sem estas fantasias, a criança não consegue conhecer seu monstro melhor, nem recebe sugestões sobre a forma de conseguir controlá-lo. Em consequência, fica impotente face ás suas ansiedades - muito mais do que se tivesse ouvido contos de fadas que dão corpo e forma a estas ansiedades e mostram os meios de vencer estes monstros. Se nosso medo de ser devorado toma a forma tangível de uma bruxa, podemos nos livrar dela queimando a bruxa no fogão." 



 Bruno Bettellheim, A Psicanálise dos Contos de Fadas